Evite erros e descubra como preencher cheque corretamente: “mil, um mil ou hum mil?
Se você quer saber como preencher um cheque e está com dúvidas, saiba que isso pode parecer simples, mas uma assinatura ou número errado pode gerar problemas. Você sabia que, todos os anos, muitos cheques são devolvidos por erros no preenchimento?
Se você quer evitar contratempos, é importante saber exatamente como fazer tudo direito na hora de emitir uma nota de pagamento.
Atualmente o cheque representa 0,5% das transações financeiras no Brasil, de acordo com a Agência Brasil. Ou seja, a maioria das pessoas estão preferindo outros meios digitais por serem mais simples e seguros.
Neste guia completo, vamos explicar passo a passo o que fazer para preencher seu cheque de forma correta, segura e sem erros.
Por que é fundamental preencher o cheque de forma precisa
Preencher o cheque errado pode trazer dores de cabeça. Uma assinatura mal feita ou o valor errado pode fazer seu cheque ser devolvido pelo banco. Além disso, erros podem facilitar fraudes ou até atrasar pagamentos importantes.
Uma simples troca de número ou nome pode comprometer sua credibilidade financeira. Dados do Banco Central mostram que milhares de cheques são devolvidos por problemas no preenchimento, deixando as pessoas frustradas e com dificuldades de cumprir suas obrigações financeiras.
Qual a forma correta de preencher um cheque?
Identificação do beneficiário
Ao preencher o nome de quem vai receber o pagamento, seja pessoa física ou jurídica, atenção redobrada. Escreva com calma e deixe claro o nome completo, sem abreviações ou erros de digitação.
Para empresas, use o nome completo da razão social e, se possível, o CNPJ. Exemplo de erro comum: escrever “Maria S.” em vez de “Maria Silva”. Isso pode gerar confusão na hora do depósito.
Valor por extenso e numérico
O valor deve estar claro em ambos campos: o numérico e por extenso. Use sempre caneta de tinta preta ou azul para evitar alterações.
Escreva o valor por extenso exatamente igual ao valor numérico para integrar as informações. Por exemplo: “duzentos e cinquenta reais”. Isso impede que alguém altere o valor na hora do pagamento.
Data de emissão
Coloque a data do dia em que o cheque está sendo emitido. No Brasil, o formato mais comum é dia/mês/ano, como 15/10/2023. Cuidado ao emitir com data futura ou antecipada, pois há regras que podem anulá-lo. Verifique também se a data está legível e sem rasuras.
Local de emissão
Sempre preencha o campo “local” com o nome da cidade onde você está no momento de emitir o cheque. Isso ajuda a garantir a autenticidade do documento e evita dúvidas na hora do depósito. Escreva o nome completo da cidade, preferencialmente por extenso, sem abreviações ou siglas.
Assinatura do emitente
A assinatura é o que valida o cheque. Faça uma assinatura única, que corresponda ao que está registrado no banco. Evite rasuras ou trechos ilegíveis. Caso o banco exija assinatura, ela precisa estar firme e clara. Lembre-se: cheque sem assinatura não tem validade.
Outras informações importantes
- Número do cheque: sempre confira se o número do cheque está correto no canto superior.
- Observações: há um espaço para notas adicionais, como pagamento de uma prestação ou contrato.
- Validade: cheque tem validade de 30 dias, então preste atenção na data de validade e possíveis bloqueios de fundos ou créditos.
Como evitar erros comuns ao preencher cheque
Confira a lista dos equívocos mais frequentes e como evitá-los:
- Escrever nomes ou valores de forma incorreta;
- Usar caneta barata que pode borrar ou alterar;
- Rasurar ou riscar informações;
- Deixar campos vazios ou sem preencher;
- Esquecer de assinar.
Antes de entregar o cheque, releia tudo uma última vez. Essa revisão simples é essencial para evitar problemas futuros.
Qual é o correto: mil, um mil ou hum mil
Ao preencher um cheque de 1.000 reais, é comum usar a forma “hum mil” em vez de “um mil”. Isso se deve a uma prática recomendada para evitar fraudes. A utilização do “h” na frente do número “um” torna mais difícil a alteração do valor escrito no cheque.
Por que usar “hum” em vez de “um”?
1. Segurança: A grafia “hum mil” dificulta que alguém altere o valor do cheque para um número maior. Por exemplo, se alguém tentar mudar “hum mil” para “quinhentos mil”, a alteração se torna mais evidente devido à diferença na grafia.
2. Normas Bancárias: A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orienta que a forma “hum” seja utilizada para garantir a segurança nas transações. Essa prática é uma forma de proteger tanto o emissor quanto o beneficiário do cheque.
Portanto, ao preencher um cheque de 1.000 reais, escreva “hum mil” para garantir que o valor esteja seguro e claro.
Procedimentos em caso de erros no cheque
Se você cometer algum erro ao preencher o cheque, tenha calma. Nunca tente apagar ou rasurar as informações. Para corrigir, o melhor é cancelar o cheque e emitir outro. Procure o seu banco para solicitar a substituição.
Cheques com erros ou rasuras podem ser considerados inválidos e podem ser devolvidos pelo banco, gerando transtornos.
Recomendações de segurança e boas práticas
Para proteger seu dinheiro e evitar fraudes:
- Guarde os cheques em um local seguro e de acesso restrito;
- Evite deixar cheques sem preenchimento à vista de terceiros;
- Sempre conferir os dados antes de assinar e entregar;
- Caso perca um cheque ou suspeite de uso indevido, informe o banco imediatamente e solicite o bloqueio;
- Nunca assine ou entregue um cheque sem verificar todas as informações.
Se precisar cancelar um cheque já emitido, entre em contato com o banco o quanto antes. Assim, você evita que alguém utilize o documento de forma fraudulenta.
O cheque ainda é aceito em 2025 e quais as alternativas?
O uso de cheques em 2025 é uma prática que vem se tornando cada vez mais rara, especialmente com a popularização de métodos de pagamento digitais, como PIX, cartões de crédito e débito, além de carteiras virtuais.
No entanto, ainda existem pessoas e empresas que utilizam cheques, principalmente em transações comerciais de alto valor ou em regiões onde o acesso à tecnologia ainda é limitado.
Apesar disso, o cheque carrega consigo riscos como fraudes, devoluções por falta de fundos ou extravios, o que pode gerar transtornos financeiros e burocráticos.
Para evitar o uso de cheques, é recomendável adotar alternativas mais seguras e ágeis disponíveis no mercado. O PIX, por exemplo, é uma solução instantânea e gratuita que permite transferências 24 horas por dia, sem necessidade de emissão de papel.
Além disso, os cartões de crédito e débito oferecem praticidade e segurança, com proteção contra fraudes em muitos casos.
Optar por essas tecnologias não apenas simplifica as transações financeiras, mas também reduz os riscos associados ao uso de cheques, garantindo maior controle e eficiência no manejo do dinheiro.
E agora, vale a pena ainda preencher um cheque?
Preencher um cheque corretamente requer atenção e cuidado. Cada detalhe é importante para garantir uma transação segura e eficaz.
Ao seguir os passos deste guia — verificar nome, valor, data, assinatura e dados do local — você reduz o risco de problemas financeiros e burocráticos.
Praticar boas rotinas na emissão de cheques ajuda a manter sua credibilidade e a evitar erros que podem custar caro. Portanto, o ideal é usar meios digitais e mais seguros como mencionados acima.
E aí, gostou? Continue acompanhando outros assuntos relacionados de como planejar as finanças de um jeito simples e organizado.